Muito além da televisão, do teatro e do carnaval, Haroldo foi um intelectual do axé. Seu olhar sensível compreendia que os Orixás não estão restritos ao espaço do terreiro, mas participam ativamente de várias vertentes da vida social, ecoando sua força nos toques das baterias, inspirando enredos e moldando gestos, ritmos e narrativas do povo brasileiro. Em seus livros, pesquisas e falas públicas, ajudou a traduzir para o grande público a profundidade simbólica do Candomblé e da Umbanda, sempre com respeito, rigor histórico e compromisso com a ancestralidade.





