Muito além da fé e da tradição religiosa, a Folia de Roça de Planaltina, realizada entre os
dias 29 de maio e 8 de junho de 2025, também representa um importante motor de
desenvolvimento social, econômico e cultural para a cidade e suas comunidades rurais.
Com a participação de mais de 68 grupos de folia, liderados pelos Alferes Celso e
Gilvânia, o evento mobilizou dezenas de fazendas, comércios locais, prestadores de
serviço, artesãos e produtores rurais, promovendo geração de renda e circulação
econômica em diversos setores.
Economia que gira com a tradição
Durante os dez dias de folia, fazendas e sítios da região se transformaram em pontos de
acolhimento, com estrutura para receber centenas de foliões. O preparo de refeições
comunitárias — como café da manhã, almoços e jantares — aqueceu o comércio de
alimentos, bebidas, gás de cozinha, carnes, hortifrútis e panificados.
Além disso, houve um aumento significativo na procura por serviços de transporte rural,
aluguel de som, estruturas de tendas, decoração típica, além da movimentação no comércio de trajes, acessórios religiosos, bandeiras e instrumentos musicais.
Cultura que gera oportunidades O impacto não para na economia. A Folia também é uma grande vitrine para a cultura local.
Artesãos, músicos, grupos de catira e violeiros se apresentaram e comercializaram seus
trabalhos, mantendo vivas expressões culturais que são passadas de geração em geração.
O tradicional Show Sertanejo da Festa do Divino, realizado na Praça da Igrejinha de São
Sebastião, reuniu artistas regionais e público apaixonado pela música de raiz, valorizando o
talento local e reforçando a identidade sertaneja de Planaltina.
União e fortalecimento comunitário
Para os moradores, a folia é muito mais do que festa. É um movimento de solidariedade e
fortalecimento dos vínculos comunitários. Cada pouso, cada parada, representa um gesto
de generosidade e acolhimento, onde as famílias compartilham o que têm, reafirmando os
valores de união, partilha e fé.
“A Folia de Roça não é só tradição, é uma grande rede de apoio e
fortalecimento das famílias rurais. A cada parada, vemos a força do coletivo, a
solidariedade e a preservação dos nossos costumes”, afirma Gilvânia, uma das
Alferes de 2025.
Preservar para o futuro
Diante dos desafios da modernidade, a Folia se firma não apenas como uma expressão
religiosa, mas como um instrumento de preservação do modo de vida sertanejo, da cultura
rural e da identidade planaltinense.
Mais do que nunca, eventos como a Folia de Roça mostram que tradição, cultura e
desenvolvimento podem — e devem — caminhar juntos.